21/10/2010

Estudar Na Irlanda: Delfin English School

Esta semana tive a oportunidade de entrevistar dois guris tri legais que estudam na Delfin English School.

Eles vieram para Dublin com mais um amigo na busca de uma experiência de vida no exterior para turbinar a carreira profissional. Depois de alguns meses da Terra dos Leprechauns, com direito à uma viagem de 1 mês por outros países da Europa, eles já tem muitas estórias para contar!

Então sem mais delongas, lhes apresento…O CESAR e o VICENTE!

O Cesar e o Vicente são de Porto Alegre – RS, trancaram a faculdade de contabilidade na UFRGS, deixaram os estágios para trás. Decidiram vir no momento em que ainda não tem experiência no mercado para agregar valor ao currículo profissional, desenvolver a língua inglesa, viajar e conheçer outras culturas. Como eles estão se saindo?
É só ler abaixo…

Qual é seu nome e idade?

Vicente Dalle, 20 anos.

Cesar Brunetto, 20 anos.

Qual o seu curso e escola?

Vicente & Cesar – General English na Delfin English School, 6 meses de aula e 6 meses de férias.

Há quanto tempo você está aqui na Irlanda e há quanto tempo estuda na Delfin?

Vicente & Cesar – Estamos na Irlanda há 4 meses. Tivemos 3 meses de aula e tiramos 1 mês de férias para viajarmos pela Europa.

Por que você escolheu a Irlanda?

Vicente – Começamos a planejar a viagem desde outubro do ano passado e pesquisamos em 3 ou 4 agências de Porto Alegre. Até fomos em uma feira de intercâmbio que era mais focada na Austrália, mas lá pudemos conhecer mais sobre a Irlanda e conseguimos alguns e-mails.

Cesar – Queríamos estudar inglês, então tínhamos algumas opções: EUA, Canadá, Inglaterra, Irlanda e Austrália. Não queríamos ir para a praia e fomos eliminando nossas opções até chegarmos na Europa. Entre Inglaterra e Irlanda, escolhemos a Irlanda pela questão do visto ser mais fácil.

Por que você escolheu a Delfin English School?

Cesar – Nos ofereceram algumas escolas, as mais conhecidas – Abbey College, Eden College, SEDA e Grafton College,  mostrando preços e explicando o que cada uma oferecia, mas sentimos que o atendimento, no geral, foi bem informal.

Vicente – Até um pouco despreparados. Fazer intercâmbio é um negócio sério e parece que as vendas são feitas sem preparo, muito informais.

Cesar – Sabíamos que não queríamos estudar somente com brasileiros, então procuramos escolas diferentes. Quando estávamos no Brasil fazíamos aulas de inglês particular e por acaso a irmã do nosso professor tinha uma agência de intercâmbio, a Daqui Pro Mundo.

Vicente – Escolher a agência não foi uma coisa forçada, nós mesmos fizemos o pacote que queríamos, pois a Daqui Pro Mundo oferecia praticamente as mesmas escolas que as outras agências. Procuramos por conta própria escolas no Orkut, fóruns da internet, avaliamos websites, etc. Se havia muita opiniões de brasileiros, descartávamos, pois não queríamos estudar com muitos brasileiros então polimos nossas opções e encontramos a Delfin.

Cesar – Vimos que não havia comentários de brasileiros sobre a Delfin, aliás, havia muitos comentários de espanhóis no google groups e chegamos até a pensar que era uma escola fantasma. Depois fizemos nosso primeiro contato com a Judith, por skype e e-mail, que nos respondeu rapidamente e foi muito gentil. Até tentamos conseguir um preço melhor direto com a escola, mas o preço total, com tudo incluso (vôo, curso, acomodação e seguro-saúde) saia mais barato pela agência. Dentre nossas opções a Delfin não era a escola mais barata, nem a mais cara.

Qual o seu objetivo em estudar na Irlanda e na Delfin English School?

Vicente – A experiência de vida no exterior e agregar valor ao meu currículo.

Cesar – Vim pela experiência de vida, para desenvolver o inglês e para viajar.

Vocês não compraram transfer e ficaram em hostel (albergue) por uma semana.
Como foi a experiência?

Vicente – Não compramos o transfer do aeroporto, porque viemos em três e decidimos que pegar um taxi seria melhor. Antes de vir encontramos um serviço que você paga €30 e a pessoa te empresta o celular para você ligar para o Brasil e avisar que chegou,  leva você até a acomodação e em outro dia mostra onde fica o Tesco, a Vodafone e um lugar para fazer cópias baratas;

Cesar – Não aceitamos porque não queríamos cair nestas “armadilhas” para turistas, sabe?
A experiência do hostel, Youth Hostel, foi legal, conhecemos pessoas legais e foi onde tivemos nosso primeiro contato com outras nacionalidades: Franceses, Americanos, Alemães… só acho que ficar mais de uma semana em um hostel é complicado pois muitas pessoas vem e vão e você tem de ficar de olho nas suas coisas, levar as coisas para o banheiro…

Vicente – Aliás, logo na primeira semana queríamos abrir a conta no banco, porque sabíamos que era demorado. A Judith disse que precisávamos ter endereço fixo, mas estávamos no hostel. Ela disse: “Então vocês precisam achar um lugar para morar”. Em cinco dias já tínhamos alugado nosso apartamento em Dublin 1.

Como vocês encontraram seu apartamento?

Vicente – Achamos no DAFT. Procuramos somente em Dublin 1 para não termos gastos com transporte e queríamos morar perto da escola e voltar a pé quando saíssemos.

Cesar – Vimos 3 apartamentos e acabamos ficando com o primeiro que visitamos. É um apartamento de 2 quartos com três camas de solteiro, sala, cozinha e banheiro.

Qual sua opinião sobre seu curso?

Vicente – O curso é dinâmico, as aulas são interativas e os outros alunos não são brasileiros.

Cesar – Podemos pegar o livro do nosso curso emprestado para estudarmos mais e sempre recebemos muitas xerox durante as aulas. Além disso os professores estimulam a comunicação com todos os alunos da sala, estamos sempre “rodando” para falarmos em inglês com todo mundo e não só com a pessoa que senta do nosso lado. Além disso seguimos um livro e temos 1 módulo do livro por semana e no final da semana, na sexta-feira, podemos fazer uma prova do módulo para revisar o que estudamos.

Vicente – Temos também um cartãozinho que carregamos conosco, no estilo “bom comportamento”. Os funcionários e professores tem adesivos azuis e vermelhos. Se nos comportamos bem dentro da escola ganhamos adesivos azuis, se fizermos algo inadequado, como por exemplo, falar português, ganhamos um vermelho. Pode parecer infantil, mas a escola está preocupada com o aprendizado dos alunos, portanto estimulam a prática do idioma.

Vicente – Para quem tem o nível intermediário de inglês, o curso é perfeito. Quando eu cheguei estava no nível pré-intermediário e agora estou no intermediário e é ideal porque pegamos destreza na língua, mas acho que a fluência mesmo é muito difícil, mas há uma grande melhora no inglês.

Cesar – A fluência vem com o tempo. Por exemplo, nosso amigo estudou no Yázigi no Brasil, morou três meses nos EUA e chegou aqui no nível upper-intermediate. Hoje ele está no Advanced e ainda está aprendendo, então até para a pessoa que tem bom inglês a experiência é boa.

Vicente – Ah, temos as atividades! Fazemos visitas à vários lugares, como por exemplo para a Guinness. Tivemos uma festa hippie e vamos ter uma de Halloween aqui na escola. Até participamos de um campeonato de futebol.

Cesar – Jogamos futebol entre a gente, mas parcipamos deste campeonato e chegamos à final, mas perdemos para a escola English in Dublin, afinal de contas, eles tem um time profissional. O mais legal é que o diretor da Delfin, o Gareth, foi conosco para o campeonato e se alguém não podia jogar, ele substituía. Ele vai com a gente para as festas e pubs.

Vicente – Todo mundo é muito atencioso.

Cesar – Por exemplo, na primeira quinta-feira de aula de qualquer aluno, o diretor e duas assistentes reúnem todos os novatos em uma sala e dão as boas-vindas aos alunos. Explicam como a escola funciona, pedem opiniões, mostram que estão abertos, que querem saber sobre os professores e que estão preocupados com as aulas. Sempre nos perguntam: “Estão gostando das aulas?”. Parece banal, mas é importante saber que escutam sua opinião.

Vicente – Acho uma opção ruim para quem quer vir para a Irlanda para fazer dinheiro, é uma escola para estudar inglês…

Cesar –…e trabalhar meio-período.

O que você acha que Delfin English School oferece de diferencial?

Vicente – Temos colegas que estudam em outras escolas, um amigo de faculdade que está na SEDA, dois amigos de colégio que estudam na Abbey College e sempre escutamos que há muitos brasileiros, até 25 alunos por sala e que o pessoal fala português.

Cesar – “Delfin is different” é o lema da escola. Para mim o diferencial é ter poucos brasileiros e as turmas nunca tem mais que 15 alunos.

Vicente – Para mim é o atendimento, a atenção. O diretor sempre nos pergunta se estamos bem, se gostamos da aulas, dos programas, etc. Toda essa dedicação faz com que você curta mais a experiência.

Cesar – Eles são flexíveis. Por exemplo, podemos tirar nossas férias por semana, portanto se tivermos férias esta semana, no final do nosso curso, teremos mais uma semana de aula; ou seja, esta semana que teríamos aula será “transferida” para o final do curso. Isto foi o que possibilitou a gente a fazer nossa viagem de 1 mês pela Europa.

Para onde vocês foram? Qual foi o momento mais bacana da viagem?

Vicente – Não sabíamos se íamos ter dinheiro para viajar no final do nosso curso e como podemos usar nossas férias de modo flexível, achamos uma boa opção, até mesmo porque era verão e o clima ainda estava quente. Primeiro fomos só nós três para Londres, Glasgow e Edinburgo por 1 semana, voltamos e tivemos aulas por 1 semana e depois fizemos a viagem maior.

Cesar – A irmã do nosso amigo, mais uma amiga, um amigo de Curitiba e nós três fomos para Bruxelas, Paris, Amsterdã, Strassburgo, Frankfurt, Nuremberg, Praga, Walkertshofen, Munique, Ausburg, Innsbruck, Verona, Brescia, Milão e Leon.

Vicente – Acho que o momento mais bacana foi estar na Octoberfest em Munique, mas cada lugar tem uma coisa legal. Innsbruck é muito lindo.

Cesar – Innsbruck é realmente bonita, uma cidade no vale no meio de duas montanhas, mas acho que o momento mais bacana foi o “Grand Finale” da viagem em Paris.

Você acha que existe diferença entre estudar aqui e no Brasil?

Vicente – Com certeza. No Brasil estudamos com alguém que morou fora e “decidiu” dar aulas de inglês e não tem, necessariamente, didática. Acabamos falando português e além disso as aulas são no máximo duas ou três vezes por semana.

Cesar – Aqui você tem de se virar para se explicar. Aqui existe a troca de diversidade cultural, moramos fora do país e temos colegas de outros países (Espanha, Coréia, etc.). Além do mais, no Brasil nunca dedicaríamos 4 horas de estudo diário para o inglês.

Vicente – Acho que se você começa jovem e estuda mais, você vai aprender mais. Eu estudei na Wizard por 1 ano e meio e o pessoal era mais velho e não tinha o preparo ideal.

Existem muitos brasileiros na escola?

Vicente e Cesar – Não.

O que você mais gosta e menos gosta na Delfin English School?

Cesar – O que eu mais gosto é a diversidade cultural dos alunos. Na minha sala há pessoas da Argentina, Latvia, Áustria, Coréia, Espanha, Alemanha e Croácia. O que eu menos gosto é do horário das aulas, pois a aula consome toda a manhã.

Vicente – Eu concordo com o Cesar.

Você tem alguma sugestão para a melhoria da escola?

Cesar – A questão dos prédios. A Delfin tem aulas em três prédios, normalmente dois, mas durante o verão, quando tinha mais alunos, tinham três. Era comum chegar para a aula e descobrir que trocaram você de prédio e que você teria outros colegas de sala. Nem todo mundo gosta disto. Além do quê, o prédio que fica na Abbey Street é menor e a sala de “break” é muito pequena, mas lá tem café de graça. Aqui a sala do “break” é bem maior, com fliperama, mesa de sinuca, computadores, máquinas de doces, refrigerantes, lá não.

Quais são as nacionalidades dos professores da Delfin English School?

Cesar & Vicente – Irlandês ou Inglês.

Você gosta de estudar aqui?

Cesar & Vicente – Sim!

Quantos alunos tem na sua sala/curso?

Vicente –  12.

Adan – Entre 9 e 14 alunos.

Qual sua opinião sobre o horário e duração das aulas?

Cesar – Os horários são das 9:45 às 11:30, temos um intervalo de 15 minutos e depois das 11:45 às 13:00. O problema é que as aulas vão até as 13:00h. Você sai da escola e passa no supermercado, volta para casa, almoça e quando vê a tarde já foi. Acho um horário difícil para conseguir um emprego, porque a maioria dos trabalhos da tarde começam às 13:00h.

Vicente – Concordo, acho um horário difícil para conseguir emprego.

O que vocês gostariam que tivessem lhe dito antes de você chegar na Irlanda?

Vicente – Na real, acho que é importante escutar a opinião real das pessoas que viveram fora e conseguir dicas úteis. Procurar depoimentos do que acontece no país é importante. Acho que faltaram dicas do tipo “O Tesco é muito bom”.

Cesar – Talvez fosse interessante encontrar pessoas que tenham os mesmos objetivos que você quando moram fora do país.

Você tem alguma dica para quem está vindo?

Vicente & Cesar – Venha com seus objetivos traçados e busquem informações com pessoas que moram ou que já moraram na Irlanda.

Quando o curso acabar, o que você pretende fazer?

Vicente – Vou voltar para o Brasil porque até lá vou ter atingido meus objetivos – agregar experiência internacional no meu currículo, desenvolvido o inglês. Vou ter uma experiência válida.

Cesar – O curso vai acabar em fevereiro e pretendo voltar ao Brasil para retomar a faculdade e matar a saudade da família. Se eu estiver trabalhando e tiver juntado um pouco de dinheiro talvez eu fique mais 1 ou 2 meses e more por 1 mês em outro país, por exemplo, na Espanha, para estudar.

Muito obrigada guris pela entrevista! Vocês foram muito simpáticos e espero poder encontrá-los muitas vezes pelas ruas de Dublin!

Delfin English School

39 Lower Dominick Street
Dublin 1
www.delfin.ie

Postado por: | Comments (88)

  1. Bom dia Tarsila, também estou na mesma duvida da Talitha, vamos para Delfin e queríamos saber como está a escola hoje.
    Obrigado

    Comentário by Sergio — 13/02/2013 @ 3:47 pm

  2. Olá Sergio,

    Ainda não consegui uma entrevista atualizada com alunos da Delfin, mas quando puder vira artigo sim!

    Beijinhos

    Comentário by Tarsila — 16/04/2013 @ 1:54 pm

  3. Olá Tarsila,

    Parabéns pelo blog, acompanho já a um tempinho, estou pretendendo ir para Dublin em Novembro, ir passar 1 mês, para sentir como é a cidade e quem sabe voltar para fazer um intercâmbio por um período maior.
    A escolha da escola e o quanto vou precisar levar para passar um mês (para viajar pelo interior da Irlanda, comprar roupas para aguentar o frio durante um mês e quanto gastaria para fazer uma viagem internacional (Amsterdã ou Paris), são minhas maiores dúvidas, já li muito sobre isso, mas ainda não cheguei a uma conclusão.
    Sobre a escola, estou bem inclinado para a Delfin, gostaria de saber como está a escola hoje, se você conseguir uma nova entrevista, seria ótimo.

    Beijos e mais uma vez Parabéns!!!

    Comentário by Anderson Cabral — 15/04/2013 @ 1:23 pm

  4. Olá Anderson!

    Obrigada pelo carinho e por acompanhar o Vida Na Irlanda! 🙂
    Bom, seus gastos vão depender muito do seu estilo de vida, lembrando que viagens turísticas tendem a ser bem mais caras já que você vai querer provar, conhecer e comprar tudo (ou quase tudo). Uma boa média e ter por volta de €70 por dia para gastar, um pouco mais de você quiser ficar de boa, mas é uma média bem razoável. Como disse, depende do seus gastos, pois há passeios e refeições de todos os valores.
    Sobre as escolas, aguarde que há entrevistas novas vindo por aí!

    Beijinhos

    Comentário by Tarsila — 25/06/2013 @ 1:35 pm

Sorry, the comment form is closed at this time.